Histórico 2021
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11.12.2021 – 20.02.2022

ERRO 417: EXPECTATIVA FALHADA

Potenciado pelo sistema económico capitalista, que infeta todos os outros sistemas sociais e culturais, o medo de falhar acompanha habitualmente o desejo do sucesso. Neste contexto, o receio de errar ou ficar aquém das expectativas torna-se não só um dos maiores impulsos humanos como também o valor de juízo pelo qual nos avaliamos colectivamente, assim servindo como medida para a formulação e manutenção de hierarquias sociais. Mas as noções de falhanço e sucesso nunca estão livres de prerrogativas, uma vez que se encontram intrinsecamente ligadas a diversas condicionantes estruturais cumulativas – a cor da pele, o género, a sexualidade, entre outras – e, acima de tudo, ao cumprimento dos expectáveis papéis dentro destas categorias.
Falhar, e aprender na falha, assume um papel radicalmente diferente na produção artística: entre a insatisfação, a rejeição, a dúvida, o erro e a experiência, a ideia de sucessivamente tentar e falhar torna-se combustível para a experimentação especulativa e para a criação conceptual. Assumindo a premissa do falhanço como uma ferramenta de resistência contra-hegemónica, apela-se à crítica dos modelos estáticos de sucesso e falhanço, e ao questionamento do seu papel na construção da vida pessoal e comum. Mas, acima de tudo, pede-se que a expectativa não tenha espaço nesta exposição, dando lugar à falha e ao erro que inevitavelmente geram a experiência de estar viva.
Com:
Alice dos Reis, Aliza Shvarts, Ana Hipólito, Carlota Bóia Neto, Catarina Real, Daniela Ângelo, Elisa Azevedo, Gisela Casimiro, Hilda de Paulo, Jota Mombaça, Odete e Xavier Paes.

Curadoria:
Marta Espiridião

Erro 417: Expectativa Falhada
 resulta do projeto concursal Expo’98 no Porto, que atribui duas bolsas para a realização de duas exposições na Galeria Municipal do Porto. Selecionada por um júri externo à equipa da GMP, composto por Daniela Agostinho, Miguel Ferrão e Nuno Faria, esta é a segunda exposição apresentada no âmbito do concurso, cujo orçamento total é de 98.000 euros. 

Fotografia: Dinis Santos
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11.12.2021 – 20.02.2022

A HORA ANTES DO PÔR-DO-SOL
MILENA BONILLA

“A hora antes do pôr-do-sol tem uma magia própria...” foram as palavras escritas por Rosa Luxemburgo ao seu amigo Hans Diefenbach numa carta enviada da prisão de Wronke, no verão de 1917. A partir desta correspondência, Milena Bonilla convida-nos a pensar nas possibilidades de construção de um imaginário que navega pela literatura, botânica, pontuais referências históricas e mitologias coletivas. Aqui, “essa hora antes do pôr-do-sol” surge enquanto conceção de um momento temporal mágico que liga o passado com o presente, mediante a criação de ressonâncias políticas e afetivas.

Esta exposição é mais um desdobramento na investigação da artista, que explora os limites do arquivo e a interpretação da história como forma de articulação de uma possível memória coletiva. O projeto infiltra-se pelos espaços simbólicos construídos pelo pensamento de Rosa Luxemburg e procura criar lugares de interstício onde relaciona diferentes formas de produção de conhecimento para especular algo a que poderíamos chamar de temporalidade histórica suspensa.

Curadoria:
Juan Luis Toboso

Fotografia: Dinis Santos
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Revisitar Exposições

The Oracle, por Diana Policarpo

Integrado na exposição “Nets of Hyphae”, de Diana Policarpo, a artista apresenta o vídeo “The Oracle”. A obra faz uma contextualização histórica do ergot, desde a mitologia grega até à Idade Média, pondo em evidência os conhecimentos e as práticas pioneiras de parteiras, curandeiras e agricultoras na medicina tradicional, na farmacologia e na obstetrícia. Através desta obra, a artista estabelece, ainda, ligações entre as lutas das mulheres pela justiça reprodutiva, desde os julgamentos das bruxas de Salém até ao direito ao aborto nos dias de hoje.
 
“O Claviceps purpurea, também conhecido como esporão-do-centeio, cravagem ou ergot, é um fungo parasita que infecta cereais e gramíneas, sobretudo o centeio, destruindo os ovários das plantas. ‘Quando descobri que atacava o sistema reprodutor das plantas, estabeleci logo o paralelismo com o corpo humano e a saúde reprodutiva da mulher’, conta Diana Policarpo. Este fungo tem propriedades alucinogénias e medicinais, tendo sido usado ao longo de várias décadas por curandeiras e parteiras, tanto para realizar abortos como para ajudar as mulheres no pré e no pós-parto. Era, inclusive, uma das plantas utilizadas para fins abortivos por mulheres escravizadas e violadas pelos escravocratas e colonizadores que não queriam dar à luz futuros escravos.” — no Jornal Público, a 12 de janeiro, numa entrevista feita pela jornalista Mariana Duarte.
 
A exposição “Nets of Hyphae”, foi apresentada na GMP entre 2020 e 2021 e contou com a curadoria de Steffanie Hessler e foi coproduzida pela Kunsthall Trondheim.
Revisitamos o arquivo da Galeria Municipal do Porto, trazendo ao presente algumas das obras, projetos expositivos ou momentos integrados nos programas públicos e educativos desde 2016.

Nets of Hyphae 
Diana Policarpo
04.12.2020 - 25.04.2021
 
Curadoria:
Stefanie Hessler
 
Coprodução:
Kunsthall Trondheim


Diana Policarpo
"The Oracle", 2020.
Vídeo, 10’ loop.
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Revisitar Programas públicos

Visita guiada e projeção de filme com Milena Bonilla

O programa público da exposição "A Hora Antes do Pôr-do-Sol" de Milena Bonilla, com curadoria de Juan Luis Toboso, contou com a presença da artista para uma visita guiada à exposição e para a exibição do filme "I am Life and Life is Beautiful", que integrou o projeto expositivo. À projeção seguiu-se uma conversa entre Bonilla e Filipa Ramos. 
 6 de fevereiro, 2022
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Visitas de Estúdio 👁

Dayana Lucas

Dayana Lucas, em residência nos Ateliers Municipais, foi a primeira artista visitada num encontro que nos levou a conversar sobre o trabalho atual, que cruza o desenho, a escultura, a performance e o design gráfico. Natural de Caracas, Venezuela, Dayana Lucas reside no Porto há vários anos, onde recentemente lançou a Orinoco, um projeto editorial dedicado à publicação de livros de artista, cada um com uma identidade e formato próprio.
 
O artista Uriel Orlow, que tem vindo a desenvolver o workshop "Assembleia das Plantas" com o ping!, acompanhou-nos durante a visita.
 
www.dayanalucas.com
www.urielorlow.net
Com vontade de descobrir, revisitar e aproximar-se da comunidade de artistas do Porto, a GMP lança as Visitas de estúdio 👁. De modo informal e curioso, a nossa equipa visita os ateliers e espaços de criação do Porto.
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Revisitar o Programa Educativo

Uma análise às Exposições Coloniais, por Bambi Ceuppens

Em maio deste ano recebemos a antropóloga e curadora Bambi Ceuppens para uma conferência que se debruçou na análise das Exposições Coloniais do Porto, em 1934, e de Bruxelas, em 1958, incidindo sobre a problemática dos zoos humanos e sobre as implicações éticas destes eventos na contemporaneidade.
 
O momento, apresentado no auditório da Biblioteca Municipald Almeida Garret, integrou o eixo "Um Elefante no Palácio de Cristal", com curadoria de Alexandra Balona, Melissa Rodrigues e Nuno Coelho com InterStruct Collective. Parte do ping! – Programa de Incursão à Galeria.
13 de maio, 2022
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Visitas de Estúdio 👁

Pedro Moreira

Visitamos o Sarau Studio onde trabalha Pedro Moreira, cuja prática artística explora questões de identidade. Combinando teologia, mitologia e esoterismo, Pedro Moreira cria formas e seres imaginários que emergem organicamente dos seus vídeos, instalações, performances e esculturas em cerâmica.

www.pedmoreira.com
Com vontade de descobrir, revisitar e aproximar-se da comunidade de artistas do Porto, a GMP lança as Visitas de estúdio 👁. De modo informal e curioso, a nossa equipa visita os ateliers e espaços de criação do Porto.
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Visitas de Estúdio 👁

Svenja Tiger

Fomos ao Bonfim visitar o atelier de Svenja Tiger, artista participante na última edição do projeto Anuário.
 
Formada em figurinismo e belas artes, @svenjatiger concebe o têxtil como uma forma de pintura em que celebra a multiplicidade dos corpos, dando forma às suas possíveis mutações.
Influenciada por fábulas, lendas populares, mitologias e ficções, a artista cruza o real e o folclore, o humano, o animal e o natural em obras em que o corpo é veículo, adorno e movimento.
 
www.svenjatiger.com
Com vontade de descobrir, revisitar e aproximar-se da comunidade de artistas do Porto, a GMP lança as Visitas de estúdio 👁. De modo informal e curioso, a nossa equipa visita os ateliers e espaços de criação do Porto.
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Revisitar Programas públicos

Erro 417: Conversas, percursos e performances

O programa público da exposição “Erro 417: Expectativa Falhada” foi apresentado em dois momentos, reunindo um conjunto de atividades composta por conversas, percursos e performances. 
O primeiro momento contou com a poetisa e investigadora indígena Ellen Lima, que propôs um passeio pelos Jardins do Palácio de Cristal. Mais tarde, Lima juntou-se à conversa com o Coletivo FACA e Marta Espiridião, curadora do projeto expositivo. No mesmo dia, foi ainda apresentada no espaço de exposição a performance "Estomacus", da dupla Trypas Corassão.
 
No segundo momento do programa foi apresentada uma conversa entre Hilda de Paulo, Luan Okun e Marta Espiridião, intitulada "Error 406: Not Acceptable". Okun apresentou ainda a performance "O jeito que o corpo dá", que contou com a colaboração de Joni Ricos e projeção vídeo de Yuna Turva.
14 e 19 de fevereiro, 2022
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Edições GMP

Galeria Municipal do Porto lança o livro “Máscaras”

Em 2020 a Galeria Municipal do Porto abria a exposição "Máscaras (Masks)". A publicação, coeditada com a Mousse Publishing, está agora disponível para aquisição.
 
O projeto expositivo, que contou com a curadoria de João Laia e Valentinas Klimašauskas, centrou-se no papel das máscaras ao longo da história e materializou-se nas obras de vinte e um artistas. Um artefacto presente na sociedade desde tempos remotos, a máscara tomou as mais variadas formas e papeis: da caricatura à camuflagem, da imitação à maquilhagem social, passando pelo mundo online e offline. Nas palavras dos curadores, a máscara uniu “povos completamente diferentes no tempo e no espaço”.
 
Pensada ainda antes da pandemia, a exposição foi apresentada quando as máscaras se tornaram obrigatórias na entrada dos museus. Passados dois anos, estes objetos continuam ainda presentes na vida quotidiana, conferindo uma simbologia premente e atual à publicação. O projeto editorial, também assumido pelos dois curadores, contou com as contribuições de Guilherme Blanc, Grada Kilomba, Zack Blas e o coletivo Omsk Social Club. Mais do que um catálogo, “Máscaras” é uma extensão do projeto expositivo em formato de livro, prolongando as suas reflexões através de contribuições textuais inéditas e complementares à exposição.
 
 
A publicação está disponível para compra no balcão da Galeria Municipal do Porto, ou por correio, através do email galeriamunicipal@agoraporto.pt.
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Revisitar Exposições

Luchona, por Gabriel Chaile

Integrado na exposição coletiva "Pés de Barro" com curadoria de Chus Martínez e Filipa Ramos, em 2021 na GMP, Gabriel Chaile apresentou uma escultura intitulada "Luchona".
 
"O meu trabalho está ligado a uma predisposição antropológica de compreensão das nossas próprias coisas. Sempre me tomei como objecto de estudo, a nível visual, e muitas coisas surgiram daí. Tomei sempre o que me era mais próximo primeiro, e isso era a vida da classe trabalhadora. Vi aquelas imagens, vi a minha mãe a cozer pão toda a sua vida num forno de barro e o meu pai, pedreiro, a chegar tarde, dormindo pouco, sem descansar, trabalhando muito. Todas as situações de que me aproximo formal, e visualmente, são uma forma de falar sobre aquilo que não acontece na corrente dominante da sociedade e que está lá, relaciona-se com a vida em modos que não são visíveis." Gabriel Chaile
 
Na América Latina, luchona [lutadora] é um nome depreciativo dado a jovens mães solteiras que são consideradas imaturas e irresponsáveis por saírem à noite enquanto criam os seus filhos. A monumental Luchona de Gabriel Chaile presta homenagem a estas mulheres, revelando a sua natureza engenhosa e amorosa.
 
Revisitamos o arquivo da Galeria Municipal do Porto, trazendo ao presente algumas das obras, projetos expositivos ou momentos integrados nos programas públicos e educativos desde 2016.

Pés de Barro
12.06 – 22.08.2021
 
Curadoria:
Chus Martínez
Filipa Ramos
 
Artistas:
Neïl Beloufa
Isabel Carvalho
Gabriel Chaile
Pauline Curnier Jardin
Formabesta (Salvador e Juan Cidrás)
Tamara Henderson
Ana Jotta
Eduardo Navarro



 
Gabriel Chaile
"Luchona", 2021.
Estrutura metálica, barro cru, madeira, terra.
Cortesia do artista e / Courtesy of the artist and Barro, Buenos Aires e, Berlim.
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Visitas de Estúdio 👁

Paula Pinto

Visitamos o atelier da curadora Paula Parente Pinto, co-curadora da exposição "Que Horas são Que Horas / Uma Galeria de Histórias" que decorreu na Galeria Municipal do Porto em 2021. A sua pesquisa transdisciplinar centra-se na investigação histórica e na recuperação e ativação de arquivos.
 
Durante a nossa visita, Paula Parente Pinto mostrou-nos o trabalho que está a desenvolver em torno do espólio de performance do crítico de arte Egídio Álvaro. Os vários materiais que constituem o espólio, originalmente arquivado em Paris, foram trazidos para o Porto pela curadora, e estão agora a ser investigados, restaurados e catalogados. Serão em breve partilhados através de um programa de atividades no espaço RAMPA, um projeto desenvolvido graças a uma bolsa de apoio Criatório 2021.
Com vontade de descobrir, revisitar e aproximar-se da comunidade de artistas do Porto, a GMP lança as Visitas de estúdio 👁. De modo informal e curioso, a nossa equipa visita os ateliers e espaços de criação do Porto.
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Revisitar Programas públicos

"Statues of Tehran", de Bahman Kiarostami

Integrado no programa público da exposição "Desertado. Algo que aconteceu pode acontecer novamente", foi apresentado o documentário "Statues of Tehran", do realizador Bahman Kiarostami. 
 
A obra fílmica questiona a função dos monumentos na atual Teerão, uma megametrópole pós-moderna e ideologicamente sobrecarregada, acometida pelo esquecimento. A peça retraça o destino de duas importantes esculturas públicas: a primeira, um trabalho pioneiro encomendado pela família real nos anos 1970 de autoria do então mais destacado escultor da modernidade, Bahman Mohassess; a segunda, um tributo à Revolução Islâmica instalada na Praça da Revolução, de Iraj Esskandari. Sob a égide da Revolução, a primeira foi condenada primeiro ao desleixo e finalmente a ser armazenada, enquanto a segunda se tornou uma peça de referência entre a profusão de projetos públicos que celebram a Revolução e a Guerra Irão-Iraque.
Uma exposição de:
Maria Trabulo
 
Curadoria:
Pieternel Vermoortel
 
Com os artistas:
Abbas Akhavan, Ana Kun, Bahman Kiarostami, Dora García, Flaka Haliti, Jeremiah Day, Loukia Alavanou, Melvin Moti e Pilvi Takala.
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Visitas de Estúdio 👁

Samuel Wenceslau

“Mancha também é beleza”, ensina-nos Samuel Wenceslau. Artista originalmente de Nova Lima (Brasil) e atualmente residente no Porto, recebeu-nos na sua casa-estúdio-estufa que acolhe plantas e imagens de plantas, arquivos e cenografias, memória e descoberta, afetos e pesquisa. 
 
Durante a nossa Visita de estúdio, falámos sobre a sua relação com a botânica e descobrimos as nomenclaturas afetivo-formais que tem vindo a criar através de representações gráficas de plantas e musgos. No seu projeto “Studiolo Gráfico / Inventário Gráfico de Formas Naturais”, Samuel combina elementos da paisagem de Minas Gerais e do Norte de Portugal. 
 
Além de artista visual, Samuel é também a “Rainha da Sucata”, colecionando objetos abandonados nas ruas e integra o coletivo Kebraku.
Com vontade de descobrir, revisitar e aproximar-se da comunidade de artistas do Porto, a GMP lança as Visitas de estúdio 👁. De modo informal e curioso, a nossa equipa visita os ateliers e espaços de criação do Porto.
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Edições GMP

Galeria Municipal lança publicação “To School Out of School”

“To School Out of School” resulta do curso de reflexão em arte contemporânea homónimo, integrado na segunda edição do programa municipal Colectivos Pláka. 
 
“To School Out of School” foi coordenado por Ana Rocha, produtora, curadora, coreógrafa e performer, e André Sousa, artista e cofundador do projeto artístico "Uma Certa Falta de Coerência" e decorreu em três momentos entre o final de 2018 e o início de 2019. O curso juntou artistas e pensadores nacionais e internacionais na criação de uma oficina temporária de estudos contemporâneos com enfoque em coletivos, ações a solo, estruturas informais ou institucionais que desenvolvem os seus projetos na área da curadoria e do pensamento sobre a Cultura na atualidade.
 
A publicação, co-editada por Ana Rocha e André Sousa, congrega contributos dos curadores, críticos e artistas que participaram no curso: Adrian Heathfield, Benjamin Seroussi, Catarina Saraiva, Fadwa Naamna, Irit Rogoff, Markus Miessen, Olivier Marbeout, Pedro G. Romero e Stephan Dillemuth, juntamente com desenhos de Mauro Cerqueira, e introdução de Guilherme Blanc, Diretor Artístico do Batalha Centro de Cinema, que comissariou a iniciativa e o projeto editorial.
 
Promovido no âmbito da plataforma Pláka, o programa Colectivos Pláka reúne grupos de reflexão e produção de pensamento sobre arte contemporânea e a prática artística, tendo como objetivo central exponenciar as oportunidades de pensamento, aprendizagem, partilha de conhecimento entre artistas e agentes culturais residentes no Porto. 
 
A aquisição pode ser feita através deste website ou no balcão da Galeria Municipal do Porto.
Editora:
Ágora – Cultura e Desporto do Porto, E.M. / Galeria Municipal do Porto
 
Projeto Editorial:
Guilherme Blanc
 
Edição:
Ana Rocha, André Sousa
 
Contributos:
Adrian Heathfield 
Benjamin Seroussi
Catarina Saraiva
Fadwa Naamna
Guilherme Blanc
Irit Rogoff
Markus Miessen
Mauro Cerqueira
Olivier Marbeout
Pedro G. Romero
Stephan Dillemuth
 
Coordenação Editorial:
Tiago Dias dos Santos
 
Design Gráfico:
José Peneda
 
Tradução:
Cláudia Coimbra
Martin Dale
 
Revisão:
Cláudia Gonçalves
Diana Reis
Hernâni Baptista
 
Fotografia:
Renato Cruz Santos
 
Impressão:
Empresa Diário do Porto
 
ISBN: 
978-972-99913-8-7
 
Preço:
10€
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Visitas de Estúdio 👁

Alisa Heil

Fomos visitar "Tiresias Und Der Kleine Tod", a exposição/instalação da artista Alisa Heil no Espaço Mira. Partindo da mitologia grega de Tiresias, profeta cego de Apolo em Tebas, que durante sete anos foi transformado em mulher, Heil criou um ambiente imersivo e sensorial, onde os elementos materiais e as composições lumínicas, sonoras e olfativas nos envolvem, transformando a nossa experiência percetiva. A visita foi feita em conjunto com a curadora Fernanda Brenner, diretora artística da plataforma Pivô Arte e Pesquisa, em São Paulo.
 
Natural da Alemanha, Alisa Heil reside no Porto, trabalhando ocasionalmente sob o pseudónimo de Abraham Winterstein, uma conjugação dos nomes de solteira das suas duas avós. Heil interessa-se sobre a representação feminina na mitologia e cultura popular, refletindo-a através da sensorialidade dos materiais. Desde 2017 gere a programação do espaço de arte independente Kunsthalle Freeport, no Centro Comercial Stop.

www.alisaheil.net
 
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18.09 – 21.11.2021

OS NOVOS BABILÓNIOS
Atravessar a Fronteira
PEDRO G. ROMERO

O conceito ‘Novos babilónios’ foi desenvolvido por Guy Debord, Constant Nieuwenhuys, Har Oudejans e Pinot Gallizio a partir do projeto da Internacional Situacionista New Babylon, de Constant Nieuwenhuys, e está relacionado com algumas das ideias fundamentais que informaram o movimento como a psicogeografia, a deriva ou o urbanismo unitário. É a partir destes conceitos que o artista e curador Pedro G. Romero propõe, para a Galeria Municipal do Porto, um exercício de questionamento da nossa perceção sobre grupos nómadas, etnias ciganas, flamencos, exilados políticos e libertários.
A exposição constitui uma análise ao campo sensível destas formas de vida com um foco particular nos seus deslocamentos pela fronteira física e política de Espanha e Portugal, incluindo ainda algumas ressonâncias da sua relação com os territórios atlânticos de América e África. A cidade do Porto atua como geografia de partida para uma indagação dos rumos, fluxos e derivas destes ‘novos babilónios’ a partir do contexto português e seus territórios transfronteiriços.

Com o apoio de

Um projeto de:
Pedro G. Romero


Domingo, 19 de setembro, às 16h
Fado ou Flamenco - Conversa com Pedro G. Romero. 
Moderação de Armando Sousa (Fonoteca Municipal do Porto)
 
Domingo, 21 de novembro, 16h
The Disappearing Act - Performance de Yinka Esi Graves
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18.09 – 21.11.2021

PANDEMIC
I Don’t Know Karate, but I Know Ka-Razor!
FILIPE MARQUES

PANDEMIC – I Don’t Know Karate But I know Ka-razor conduz-nos a um estado “grau zero” para confrontar questões como a fragilidade e a finitude dos corpos, o binómio doença-sanidade e as lutas enraizadas no mundo e na natureza. Esta exposição, que surge de um convite feito pela Galeria Municipal do Porto ao artista ainda em 2019, para questionar conceitos víricos que atravessam a sua obra, ganha hoje relevância no contexto da atual crise pandémica global.
O projeto expositivo reflete a complexidade poética e apocalíptica que marca a linguagem de Filipe Marques, através da qual os espectadores são conduzidos a uma possível constatação da impotência da condição humana, no controlo de contaminações invisíveis e no equilíbrio de forças e resistências.
A partir de conceitos da filosofia moderna e textos de autores da Antiguidade Clássica, somos desafiados a compreender as constantes contradições da humanidade. Através de estímulos, signos e metáforas sobre o fracasso e a autodestruição, aos quais o artista na sua fragilidade não quer escapar, surge o convite para participar num exercício especulativo que se desdobra numa reflexão contemporânea que se faz urgente, coletiva e política.
Curadoria:
Isabeli Santiago
Juan Luis Toboso


09 Out, 16h00-18h00
Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett
 
16 Out, 16h00
Galeria Municipal do Porto
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22.05 – 18.07.2021

PROJETO SATÉLITE: ANUÁRIO 20

Anuário é uma exposição e, em simultâneo, uma análise reflexiva sobre as práticas curatoriais e artísticas desenvolvidas no Porto ao longo de um ano. Integrado na plataforma Pláka – que agrega os programas de apoio do município à arte contemporânea – o projeto foi concebido por João Ribas e Guilherme Blanc e é desenvolvido anualmente por um coletivo de curadores convidados pelos dois para acompanhar, documentar e analisar projetos artísticos apresentados em espaços (de acesso público) da cidade. Esta é uma exposição que resulta de um trabalho continuado de pensamento sobre a produção artística e de um processo de curadoria participado, em que as perspetivas de diversos curadores confluem num entendimento sobre a arte no Porto no último ano.

Locais:
A Sede (Rua São Roque da Lameira 1435, Porto)
AL859 (Rua da Alegria 859, Porto)
Armazém do Fundo (Largo de Mompilher 5, Porto)
Atelier Logicofobista (Rua Anselmo Braancamp 345, Porto)
Clube de Desenho (Rua da Alegria 970, Porto)
Espaço Birra (Rua de Ferreira Cardoso 49, Porto)
Ócio (Rua do Duque da Terceira 370, Porto)
 
Horário de abertura:
Quarta - sexta-feira
14h00 - 19h00
Sábado - Domingo
11h00 - 19h00
 
ANUÁRIO 20

Comissariado por:
Guilherme Blanc
João Ribas

Curadoria de:
Ana Resende
Andreia Garcia
Melissa Rodrigues
Pedro Augusto
Pedro Magalhães 

Artistas:
Ani Schulze, Beatriz Blasi, Bruno Duarte, Bruno Silva, Daniela Krtsch, David Lindert, Dori Nigro, Carlos Pinheiro, Clarice Cunha, Coletivo Lab.25, Gunnhildur Hauksdóttir, Jiôn Kiim, João Marçal, Maria Lino, Mauricio Igor, Nikolai Nekh, Pamina Sebastião, Pedro Ruiz, Radu Sticlea & Bianca Stanea, Rita Senra, Rosana Antolí, Salomé Lamas, Sara Graça, Sofia Duchovny, Svenja Tiger, Tiago Madaleno e Xu Moru & Leon Billerbeck.


Performance de Kiluanji Kia Henda: Resetting Bird's Memories
Sábado, 10 de julho às 19h
Círculo Católico de Operários do Porto

DJ Set de Sound Preta
Sábado, 10 de julho às 21h
Círculo Católico de Operários do Porto
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12.06 – 22.08.2021

WALL גדר جدار
INÉS MOLDAVSKY

Wall גדר جدار parte de um convite à artista argentino-israelita Inés Moldavsky para revisitar e expandir, em contexto instalativo, o seu filme The Men Behind the Wall, vencedor do Urso de Ouro na Berlinale – Festival Internacional de Cinema de Berlim – em 2018. Nesta obra fílmica, a artista estabelece um conjunto de conversas e encontros presenciais com homens palestinianos que vivem em Gaza e na Cisjordânia, através de uma aplicação de dating.
A porta digital é usada como ponto de partida para visitações aos dois territórios, em percursos cuja tensão é colocada em cena através da paisagem visual e sónica e, também, da expressão linguística.
No projeto desenvolvido para a Galeria Municipal do Porto, a artista densifica esta proposta de atravessamento de fronteiras – digitais, políticas, religiosas e de género – construindo um exercício franco e, por isso, provocador de intimidade conversacional e de análise.
O contexto particular das interações afetivas e sexuais na era digital continua a servir de subtil pano de fundo para problematizar questões de segregação, ao mesmo tempo que propõe discutir relações de poder através de diversos estereótipos.
Num período particularmente tenso entre os estados de Israel e Palestina, Wall גדר جدار atesta a validade de uma contínua necessidade de debate político em torno da questão da ocupação israelita, ao mesmo tempo propondo uma leitura meta-política sobre amor, respeito e igualdade.
Curadoria:
Guilherme Blanc


Visita Guiada com o curador
Domingo, 20 de junho às 16h

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12.06 – 22.08.2021

PÉS DE BARRO

Algumas pessoas poderão associar o barro, a olaria e a cerâmica à tradição, e a tradição ao passado. Outras poderão associar tecnologia, comunicação digital e bancos de dados com o novo, e o novo com o futuro. E se o futuro for uma tecnologia tão antiga e peculiar como o barro? E se afinal o barro for uma matéria que permanentemente se regenera e dá ao tempo as suas imprevisíveis configurações? E se o barro for o futuro e o futuro for o barro?
E se os pés de barro revelassem uma vulnerabilidade porque o resto do corpo é de um material diferente? E se na realidade os pés de barro enraízam as pessoas à terra, ligando‑as através da mesma matéria? E se os pés de barro forem uma forma de estabelecer uma comunicação pós‑tecnológica, que não requer redes ou cabos? Apenas os nossos muitos, um, dois, oito, vinte pés e algum barro?
Estas são algumas das questões e enigmas abordados pelas curadoras Chus Martínez (curadora, historiadora de arte, escritora e directora do Art Institute da FHNW Academy of Art and Design Basel) e Filipa Ramos (escritora, curadora da secção de filme da Art Basel e co-curadora da última edição do Fórum do Futuro), reunindo um conjunto de artistas que têm usado o barro, a olaria e a cerâmica para imaginar, projetar e moldar o mundo em que vivem.
Artistas:
Neïl Beloufa
Isabel Carvalho
Gabriel Chaile
Pauline Curnier Jardin
Formabesta (Salvador e Juan Cidrás)
Tamara Henderson
Ana Jotta
Eduardo Navarro

Curadoria:
Chus Martínez
Filipa Ramos



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